quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Minha meia abóbora

A abóbora sai de dentro da minha bota lembrando que eu não sou mais Cinderela, enquanto um príncipe roça sua coxa na minha.Levo o pensamento para bem longe dali e quase esqueço do ponto onde deveria descer.Salto do ônibus saudosa daquele olhar “melado”, olho de gato que num instante me fitou, sem ver a mim...Lembro da maçã de um dia e sorrio com saudade também, tudo é tão longe, mas o pensamento é veloz e traz toda lembrança embrulhada num papel brilhante...As pedrinhas que imitavam bombons, e as carteiras de cigarros a imitar os “cruzeiros”, viajo num transatlântico, já que o passado é um continente que me permite o requinte.Descubro-me possuidora dos pincéis, aqueles, os quais refiro-me tantas vezes e saio colorindo tudo numa credibilidade ingênua, já que nesse momento sou de novo a criança.