quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Um gosto de saudade...



Hoje é um dia gostoso de saudade...Sou brindada com um cinza claro desde a manhã, o céu calmo prenuncia uma chuva leve de primavera, com a ponta da língua sonho colher do céu uma gotinha doce, língua frívola que se descobre tímida num beijo roubado.Tudo em mim vira criança, e me vejo num cenário propício para escrever aquela historia.Penso que não preciso de um homem que me dê tudo que ele pensa achar que "preciso", mas de um homem...Que assim como eu se permita.Nesta história que cria ares de "H", é meio divertido, ver personagens de uma vida mesclar-se com heróis de gibis...Já não é meu mundo, visto que "nossos mundos" fundem-se, quando falo em mim, descubro-o nas entrelinhas, se falo nele, me reconheço em traços indeléveis...Coloco-me daqui de modo que viro expectadora, pois é mais seguro, se eu entro em cena, porque faz parte do roteiro, torno-me inexperiente e rubra, como se tudo fora muito novo e na verdade é.Falta-me nas mãos a sensação do TER, Ele me escapa no plano físico, tanto mais o retenho no meu mundinho imaginário, até o beijo, o abraço, tudo é muito surreal, chego a duvidar que já tenham ocorrido... Sinto a ausência do abraço maior que o trará pro meu âmbito terra.Se parece irreal, o mesmo, justifica-se no desejo desperto que retumbe em mim, desejo infantil, como se eu não fora mulher, mas ainda menina.Houve um momento quando "despertei", que balbuciei em voz alta o seu nome, não sei quanto tempo fiquei ali, era morno, aconchegante esse amor solitário, foi quando todo o meu corpo gritou seu nome, exceto minha boca, esta, calava-se em êxtase, enquanto por dentro eu chorava plena.